A vida, como diria o “poeta”, é complicada e perfeitinha. Crescer e viver dá trabalho. Muitas vezes é difícil, triste e injusto aos nossos olhos. Conviver com tantas adversidades sociais e pessoais é um desafio.
As pedras que aparecem em nossa caminhada podem ser pequenas e possíveis de serem retiradas com a mão, outras são tão grandes e tão pesadas que parecem impossíveis de serem vencidas. Tentamos empurrar, tirar, rodar e escalar, mas ela teima em ficar ali. E a cada tentativa ganhamos um machucado, uma ferida, uma dor. Muitas vezes chegamos ao fundo do poço, desanimados, tristes e frustrados, até que aquela dor se torna insuportável e a vontade de sair dali nos move novamente adiante.
E como uma Fênix, ressurgimos das cinzas, fortes, curados e regenerados para vencer aquele desafio que já nem parece tão grande assim. Nos apropriamos de coragem (agir com o coração) e vencemos! E que sensação maravilhosa é a de estar do outro lado da pedra e ver tudo o que somos capazes quando deixamos o medo e a vontade de desistir de lado.
Cada um segue caminhando do seu jeito. Uns vão armazenando as pedras nos bolsos, outros seguem com feridas abertas, outros levam as cicatrizes e os ensinamentos. Ao longo do caminho encontrarmos outras pessoas que podem deixar essa caminhada mais leve ou mais complexa, por conta de sua própria experiência naquele caminho. Algumas vão nos estender as mãos nos ajudando a subir nas pedras, outras vão querer nos dar suas pedras para nos dificultar a caminhada, outras vão dividir as nossas para nos aliviar.
Cada um tem o seu caminho e o seu jeito de lidar com as pedras que encontrará.
Alguns serão mais longos, uns mais curtos, com pedras maiores ou menores. E como passaremos por essa caminhada cabe a cada um de nós, sem certo ou errado, somente o que e como cada um consegue caminhar com aquilo encontrar em seu coração.
Ao longo dessa jornada, aprendi que as pedras que venci me fizeram mais forte e mais corajosa, mesmo e principalmente, aquelas que me deixaram estagnada, paralisada, e que levei muito tempo para ultrapassar.
Olhar o caminho a frente e pensar em quantas outras terei que vencer, e me sentir intimidada por elas não vai me ajudar em nada, porque de onde estou agora é impossível dizer se serão montanhas ou grãos de areia.
Portanto, aprendi a apreciar o caminho, a olhar para o lado, ver as flores, os jardins, as crianças brincando, as risadas, os pássaros cantando, o lado belo da vida que é tão maior que as pedras no caminho. Vez ou outra, me canso. Daí me sento, choro, respiro e sigo adiante.
E assim é vida, uma jornada misteriosa e incrível como caminhos e experiências diferentes para cada ser humano.