Qual é o seu sonho? 

Foi assim que fomos recebidas por Morfeo, na entrada da casa dos sonhos, Sonho N.274,realizada pela MHSTUDIOS, da Maria Helena Pessoa de Queiroz. Os ambientes estavam lindos, nos convidando a uma jornada decalma e leveza. Foi minha primeira vez no evento de lançamento que Maria Helena promove para o seu planner, dentre tantas outras coisas que ela faz.

Nesse ambiente, mais especificamente no quarto, participei de um papo com a própria Maria Helena e com sua convidada Marina Bortoluzzisobre sonhos. O quarto foi idealizado para ser ultra aconchegante, lembrando um ninho. Muitas mulheres presentes, com histórias diferentes mas tão convergentes quando falamos sobre renunciar aos nossos sonhos para nos encaixarmos naquilo que é esperado de nós pela sociedade. Sobre como retomar nossos sonhos, como ter novos sonhos.

Desde que participei desse papo riquíssimo, fiquei pensando sobre esse assunto. Na minha percepção, os sonhos são mutáveis assim como nós. Como não temos uma varinha mágica ou uma lâmpada do gênio para realizarmos nossos sonhos num passe de mágica, muitas vezes eles demoram a acontecer e quando de fato se realizam, podem já não ser mais o sonho que estamos sonhando naquele momento. Outras vezes, nos descobrimos vivendo sonhos que nem sabíamos que tínhamos.

Sempre gostei de escrever, mas quando eu era criança não tinha o sonho de ser escritora. Já na minha adolescência, tinha o sonho de viver de textos, livros, e línguas. Aprender línguas é minha outra paixão. Mas, conforme vamos nos tornando adultos, e vamos nos deixando inundar pelo que a sociedade espera de nós, ou pelas fortes opiniões sobre quão poucas pessoas conseguem sobreviver sendo escritoras, meu sonho foi ficando para depois. Tive coragem de retomá-lo recentemente, há alguns anos. E por muitas vezes, aquelas vozes que me fizeram desistir uma vez, reaparecem na minha cabeça, tentando me convencer que estou louca. A grande questão dos nossos sonhos, é que muitas vezes no dia a dia, a conta não fecha. Financeira mesmo. Não é a toa que quando digo que sou escritora, invariavelmente ouço: mas qual sua profissão? Ser artista, criativo, fora da caixa não é fácil.

Por outro lado, quando nos focamos demais em realizar um único sonho, sem abrir espaço para o que está em volta podemos perder ou deixar de viver grandes oportunidades.

A grande lição que fica para mim de tudo que vivi e ouvi nesse papo, de tantas histórias e sonhos que foram deixados para trás, é que ao aprendermos a mudar de rota, a aproveitar a rota, a viver nos presente, damos a oportunidade de nos perceber vivendo sonhos que nem imaginávamos sermos capazes de sonhar. Eu mesma, ao embarcar no sonho do meu marido de fazer MBA na França, tive a oportunidade de me ver morando uma país que nunca tinha sonhado morar, aprender uma língua que eu nunca tinha pensado ter capacidade e tudo isso com trinta anos.

Quanto mais tivermos consciência de quem somos, dos nossos valores, de onde e como queremos viver, do momento em que estamos na nossa vida, do que estamos ou podemos abrir mão me parece ser mais simples entendermos como, quando e o que é necessário para  realizarmos nossos sonhos e como aproveitar o sonho do outro que estamos participando. Com a maturidade, essas respostas para mim foram ficando mais claras.

E você, você tem sonhado ultimamente?

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