Uma das coisas que mais me chamou atenção, foi a escolha dos atores principais que foge daqueles corriqueiros que estamos acostumados. Toda a produção foi muito bem-feita, as danças, as roupas, o colorido, tudo está sensacional.Porém, o que me motivou a escrever foi o benefício conquistado com a quebra de tradições.
Antes que você pense que isso á mais um texto sobre feminismo e empoderamento das mulheres, já te digo que não é. Se for isso que espera encontrar aqui vai se decepcionar. Meu texto é mesmo sobre tradições.
Durante todo o tempo a princesa Jasmine tenta ter voz ativa sobre o comando da sua cidade Agrabah e não tem sucesso, pois a tradição dizia que as princesas não podiam falar e deveriam se calar. O ponto alto do filme, na minha opinião, é quando ela se liberta dos guardas e canta que não irão calá-la. A atuação da atriz e a música “Ninguém me cala (Speecheless)” são de uma força e emoção ímpar. O filme termina (como todos sabem!!) com ela se tornando a primeira Sultana, quebrando a tradição de o Sultão ser sempre homem.
O que me fez pensar que, tradições são importantes e que devemos ser gratos aos nossos antepassados por tudo o que conquistaram para podermos estar aqui hoje, porém o que funcionava antes talvez não funcione mais e é preciso coragem para quebrar ou mudar algumas tradições em nome de um bem maior.
Parece simples e óbvio, mas não é. Romper com o que sempre funcionou, com o “sempre fizemos assim, porque mudar” não é fácil, requer força e coragem e isso independe se somos homens ou mulheres. A quebra de tradições nos faz evoluir e gerar novas e diferentes tradições a serem mudadas (ou não) pelas próximas gerações.